quarta-feira, 31 de março de 2010

Teseu

Teseu (em grego: Θησεύς) foi, na mitologia grega, um grande herói ateniense. Corresponde, para a Ática, o que o dórico Héracles era para o Peloponeso. Seu nome significa "o homem forte por excelência".

O nascimento de Teseu

Egeu, rei de Atenas, descendente de Erictônio e filho de Pandíon e Pília, era casado com Etra, filha de Piteu, rei de Trezena. Egeu não tinha descendentes, embora o tentasse com Etra e várias outras mulheres. Tinha no entanto 50 sobrinhos, os palântidas (filhos de um irmão chamado Palas), que esperavam pacientemente sua morte para dividir a Ática entre si.

Egeu resolve consultar um oráculo, que o aconselhou: "Não desate a boca do odre antes de atingir o ponto mais alto da cidade de Atenas". Egeu, não conseguindo decifrar o oráculo, resolveu voltar para seu reino. No caminho para Atenas, fez uma parada em Trezena, onde reinava Piteu, filho de Pélops e Hipodâmia, conhecido como um grande sábio, dotado de poderes divinatórios. Egeu contou a profecia ao amigo, afirmando que nada entendera, mas Piteu de imediato compreendeu seu significado. Ele tinha uma bela filha, Etra e, depois de embebedar Egeu com vinho, fez a moça se unir a ele. Em outras versões da lenda, o deus Poseidon, apaixonado por Etra, também a possuíra, à força, nessa mesma noite, engravidando-a de Teseu.

Antes de conhecer o filho, Egeu teve de voltar a Atenas, pois a situação estava instável devido à ambição dos sobrinhos. Por esse motivo, inclusive, o rei pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias, pois os ambiciosos palântidas eram capazes de matá-lo.

Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai, e dirigiu-se para Atenas.

A chegada de Teseu

Em sua viagem, chegou a Epiadouro, onde encontrou Perifetes, filho de Hefesto e de Anticléia. Perifetes, assim como seu pai, era coxo e usava sua muleta como clava para matar os peregrinos que estavam indo para epiadouro. Teseu Matou-o com a sua própria muleta/clava e guardou-a como lembrança de sua primeira vitória. Teseu passou por várias outras batalhas, entre elas, batalhou uma vez com Sínis, gigante filho de Poseidon, que amarrava seus inimigos em um pinheiro e os arremessava contra rochas, envergando o mesmo até o chão. Teseu fez o mesmo com sínis, e prosseguiu em sua viagem.

Egeu reconheceu seu filho ao ver a espada e as sandálias e anunciou a todos que Teseu era seu filho e herdeiro.

Teseu em Atenas

Quando Teseu chegou em Atenas já era conhecido pelos seus feitos, mas o rei Egeu não sabia que ele era seu filho. Medéia já estava instalada no palácio real depois de fugir de Corinto após o assassinato de 4 pessoas, inclusive seus dois filhos. Medéia sabia da identidade do herói, mas não contou a Egeu e sim convenceu-o a matar o forasteiro que poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Colocou veneno no vinho e ofereceu ao visitante ilustre. Teseu tirou a espada para seu conforto à mesa e Egeu o reconheceu, evitando assim a sua morte. Medéia mais uma vez foi expulsa de um reino, só que desta vez voltou para a Cólquida.

Variantes do mito contam que Medéia mandou seu enteado na missão de capturar um touro bravo que vivia perto de Atenas, na planície de Maratona. Este touro seria o de Creta, do 7º trabalho de Héracles. Depois de morto o touro, foi feito um sacrifício para Apolo e, quando Teseu sacou da espada foi reconhecido pelo pai. Na véspera da caçada uma senhora hospedou Teseu em sua humilde casa e prometeu um sacrifício para Zeus se ele voltasse vivo e vitorioso. Quando voltou para ver sua anfitriã que chamava-se Hécale, Teseu encontrou-a morta e instituiu um culto a Zeus Hecalésio para sua honra. Antes de virar rei nosso herói precisou enfrentar a sua própria fúria animal na forma de um touro. Este mesmo touro foi o responsável pelo encontro de Teseu com Ariadne, e veremos que pode ter sido o início de sua derrocada.

Ao tomar conhecimento que seus primos, os cinquenta Palântidas, queriam tirar o trono de seu pai, Teseu resolveu acabar com eles. Os primos se dividiram para fazer uma emboscada, mas não adiantou muito, pois Teseu foi avisado pelo arauto chamado Leos. Conta-se que depois da 'limpeza familiar' Teseu teve de se exilar por um ano em Trezena.

Teseu e o Minotauro de Creta

Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu, o jovem Androgeu que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. Dizem que o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Como o jovem pereceu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, da qual saiu vencedor. Uma variante do mito dá a morte de Androgeu por motivos políticos, pois este teria se unido aos Palântidas que eram inimigos de Egeu. Minos rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos. A taxa foi em forma de 7 rapazes e 7 moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir no problema. Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão.

Com efeito, a linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto. Um meio bastante simples: apenas um novelo de lã.

Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando a medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria, apenas, que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na cabeça.

A volta e a queda de Teseu

No caminho de volta pára na ilha de Naxos e de lá zarpa deixando Ariadne dormindo. Esta é a versão mais conhecida e numa outra é Dionísio que pede para Teseu deixar a jovem lá. Como presente de núpcias para Ariadne, Dioniso lhe deu um diadema de ouro cinzelado feito por Hefesto. Este diadema foi mais tarde transformado em constelação. Dioniso e Ariadne tiveram quatro filhos: Toas, Estáfilo, Enópion e Pepareto. Em outra variante, Teseu abandona Ariadne porque amava Egle filha de Panopleu. Em uma quarta variante leva Ariadne para a praia da ilha para amenizar seu enjôo. Um vento muito forte deixa o navio a deriva e quando ele consegue voltar encontra a princesa morta.

A próxima escala foi na ilha de Delos, onde consagrou uma estátua de Afrodite, presente de Ariadne. Depois ele e seus companheiros realizaram uma dança circular que se tornou um rito na ilha de Apolo e foi executado por muito tempo.

Ao se aproximar de Atenas, Teseu esqueceu de trocar as velas negras pelas velas brancas e seu pai quando avistou o navio achou que ele havia morrido na empreitada, atirando-se do penhasco e precipitando-se no mar, que então passou a levar o seu nome.

Subindo ao trono, Teseu organizou um governo em bases democráticas, reunindo os habitantes da Ática, fazendo leis sábias e úteis para o povo. Vendo que tudo corria bem e os atenienses estavam felizes, Teseu mais uma vez se ausentou em busca das aventuras que tanto apreciava.

Teseu liderou uma luta contra as Amazonas e suas origens são contadas com alguma diferença. Numa das versões lutou junto com Héracles e recebeu como prêmio a Amazona Antíope e teve com ela um filho chamando Hipólito. Em outra versão Teseu foi sozinho a terra das Amazonas e raptou Antíope. Então as Amazonas invadiram a Ática para vingar o rapto. Numa terceira variante, as Amazonas invadiram Atenas, pois Teseu tinha abandonado Antíope para se casar com a irmã de Ariadne, Fedra. De qualquer maneira para comemorar a vitória sobre as Amazonas os atenienses instituíram as festas chamadas Boedrômias.

Em uma de suas aventuras com Pirítoo resolveu raptar Helena ainda uma criança e logo em seguida ir ao Hades raptar Perséfone. Este fato foi estimulado porque as duas eram de descendência divina. Resolveram que Helena seria esposa de Teseu e Perséfone de Pirítoo. Os heróis foram a Esparta e raptaram Helena de dentro de templo de Ártemis, mas não contavam que os irmãos da jovem, Castor e Pólux, fossem atrás da irmã. Teseu levou Helena para Afidna para ficar sob os cuidados de sua mãe Etra e foram ao Hades raptar Perséfone. Durante esta aventura Castor e Pólux conseguiram resgatar a sua irmã. Este resgate foi facilitado por Academo que revelou o esconderijo da princesa. No Hades foram convidados pelo seu rei para sentarem e comerem, com isso ficaram presos nos assentos infernais. Quando Héracles foi ao inferno libertá-los, somente lhe foi permitido levar Teseu, ficando Pirítoo preso na 'cadeira do esquecimento'.

Quando Teseu retornou para Atenas encontrou a cidade transtornada e transformada. Cansado de tanta luta e do trabalho administrativo enviou seus filhos para Eubéia, onde reinava Elefenor (enganar com promessas) e resolveu morar na ilha do Ciros. Licomedes (o que age como lobo), o rei da ilha de Ciros sentindo-se ameaçado, resolveu matar o herói, jogando-o de um penhasco. Mesmo depois de sua morte, o eidolon (alma sem o corpo) de Teseu ajudou os atenienses durante a batalha de Maratona, em 480 a.C., afugentando os persas.

Depois de sua morte, porém, os atenienses, arrependidos, foram a Ciros buscar suas cinzas e ergueram-lhe um templo magnífico.

Esta fábula, que tem sido objeto de investigações dos historiadores, parece indicar que Atenas, durante muito tempo, esteve dominada pelos reis de Creta, que lhe exigiam pesados tributos. O episódio de Teseu e do Minotauro deve indicar uma revolução que libertou os atenienses.

Escavações realizadas na ilha de Creta, no início do século, revelaram a existência de um grande palácio provido de imensos corredores que lembravam um labirinto. Por outro lado, afirmam os especialistas que existem elementos que permitem dizer que os reis de Creta usavam, em certas festas e cerimônias religiosas, máscaras representando cabeças de touros.

Perseu

Perseu com a cabeça da Medusa, Antonio Canova.

Perseu foi o herói mítico grego que decapitou a Medusa, monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos. Perseu era filho de Zeus, que sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou Danae (Dânae), a filha mortal do rei de Argos.

Perseu e sua mãe foram banidos pelo avô, Acrísio, que temia a profecia de que seria assassinado pelo neto, atirando-os numa urna para que levasse os dois para bem longe.

Protegida por Zeus, a embarcação chegou a ilha de Serifo, onde foi encontrada pelo pescador Díctis, irmão do rei de Serifo. Perseu e sua mãe viveram na casa de Díctis e sua esposa por anos, até que um dia, o rei, Polidectes, quando passava pela casa de seu irmão, resolveu visitá-lo. Ao ver Dânae, apaixonou-se e quis se casar com ela.

Perseu se tornou um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. Polidectes, com medo de que a ambição de Perseu o levasse a lhe usurpar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa. O instinto aventureiro de Perseu não o deixou recusar.

Perseu, conhecendo sua mãe, disse que iria participar do torneio, mas não disse que iria enfrentar a Medusa, com receio de que ela o impedisse. Da batalha contra Medusa saiu vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que tal qual num espelho, podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.

Perseu e Andrômeda.

Então Perseu, guiado pelo reflexo no escudo, sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça, que ofereceu à deusa Atena. Diz a lenda que, quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e o gigante Crisaor surgiram de seu ventre.

Na volta para casa, matou um terrível monstro marinho e libertou a linda Andrômeda, com quem se casou. Conforme a profecia, Perseu acabou assassinando o avô durante uma competição esportiva, em que participava da prova de arremesso de discos. Fazendo um lançamento desastroso, acertou acidentalmente seu avô sem saber que ele estava ali. Assim, cumpriu-se a profecia que Acrísio mais temia. Apesar disso Perseu se recusou a governar Argos (trocando de reinos com Megapente filho de Preto) e governou Tirinto e Micenas (cidade que fundou), estabelecendo uma família cujos descendentes incluíam Hércules.

Paris

Na mitologia grega, Páris era um dos mais novos filhos do rei Príamo de Tróia. Ele ainda estava saindo da adolescência quando foi escolhido pelas deusas Hera, Atena e Afrodite para eleger qual delas seria a mais bela. Cada deusa, buscando suborná-lo para ser eleita, prometeu-lhe riquezas e vitórias, mas somente Afrodite lhe garantiu que se casaria com a mulher mais bela do mundo se ele a escolhesse: a princesa Helena de Esparta. Então, Páris não hesitou e elegeu Afrodite como a mais bela das três despertando a ira de Atena e de Hera que enviaram seus exércitos gregos para destruí-lo e a Tróia.

Páris, com ajuda do deus Apolo, derrotou Aquiles que foi o mais forte e potente guerreiro grego daquela guerra, atingindo-lhe uma flecha no calcanhar, único ponto em que poderia matá-lo (vingando-se, assim, da morte de Heitor). Conhecido por ser um príncipe que valorizava e apreciava as mulheres, Páris acreditava que os únicos prazeres a que deveria dar algum valor eram os da carne. Entretanto, somente após uma visão atribuída a Apólo, Páris resolve batalhar de forma decisiva na guerra de Tróia. Com Helena, teve quatro filhos: Agano, Bunico, Ideu e Helena.

Orestes

O Remorso de Orestes, de William-Adolphe Bouguereau

Na mitologia grega, Orestes era filho do rei Agamemnon de Micenas e da rainha Clitemnestra, e irmão mais novo de Ifigênia.

Clitemnestra e seu amante, Egisto, mataram Agamemnon quando este voltava da guerra de Tróia. Único que poderia vingar o crime, Orestes foi à Fócida, porque suspeitava que o amante de sua mãe pretendia matá-lo também. Ali cresceu em segurança na corte de Estrófio e ficou amigo do filho deste,seu primo, Pílades. Ao tornar-se adulto, em obediência às ordens de Apolo, Orestes matou a mãe e Egisto. Perseguido pelas Erínias, refugiou-se no santuário de Apolo em Delfos. Julgado por seu crime em Atenas, o voto da deusa Atena desempatou o resultado a seu favor.

Novamente por ordem de Apolo, Orestes partiu para a Táurida a fim de roubar a estátua de Artemis e devolvê-la à cidade de Atenas. Preso com Pílades, foi condenado a ser sacrificado à deusa, mas sua irmã Ifigênia, sacerdotisa de Artemis, reconheceu-o e fugiu com ele e com Pílades, levando a estátua da deusa. Salvo, herdou o reino de Agamemnon, a que anexou Esparta e Épiro, depois do casamento com Hermíone, filha de Menelau e de Helena. Morreu aos noventa anos picado por uma serpente.

Odisseu

Odisseu e sua fiel esposa Penélope.

Odisseu (em grego: Ὀδυσσεύς, transl. Odysseýs) ou Ulisses (em latim: Ulysses ou Ulixes) foi, nas mitologias grega e romana um personagem da Ilíada e da Odisséia, de Homero. É a personagem principal dessa última obra, e uma figura à parte na narrativa da Guerra de Tróia. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a epopéia grega, mesmo depois da guerra, quando do seu longo retorno ao seu reino, Ítaca, uma das numerosas ilhas gregas.

Herói grego, Odisseu era rei de Ítaca e filho de Laerte e Anticleia. A princípio, cortejou Helena, mas, em vista do grande número de pretendentes, acabou por auxiliar Tíndaro, pai adoptivo de Helena, na escolha do pretendente. Essa escolha recaiu sobre Menelau, tendo o itacense então casado com Penélope. Daí a amizade existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Odisseu.

Da união com Penélope nasceu Telêmaco, seu querido filho, do qual teve de se apartar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Tróia. Foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Tróia, no qual se destacou principalmente por sua prudência e astúcia.

Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho de Odisseu, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa estatura (algumas lendas diziam mesmo que era anão). Tentou em vão convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, ao lado de Ájax, filho de Telamon e de Fênix, todavia, sem obter sucesso.

Um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na cidade. Aliás, a estratégia foi sua.

O naufrágio de Odisseu

Após a derrota dos troianos, ele iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca onde a sua mulher o espera com uma fidelidade obstinada, apesar da demora. Essa viagem mereceu a criação por Homero do poema épico Odisséia, na qual são narradas as aventuras e desventuras de Odisseu e sua tripulação desde que deixam Tróia, algumas causadas por eles e outras graças à intervenção dos deuses.

Quando cegaram o ciclope Polifemo, despertaram a ira de Posídon, que os atormentou por anos. Depois, ainda tentado voltar para Ítaca, acabou indo para a ilha de Calipso, uma mulher que o aprisionou em sua ilha durante anos e não o soltaria de lá até que ela se casasse com ele. Porém, ele não aceitou, e ficou vários anos na ilha, até que conseguiu fugir.

Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Odisseu chegou a casa sozinho para encontrar sua esposa Penélope, importunada por pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe era fiel e, em seguida, matou os pretendentes à sua sucessão que a perseguiam, limpando o palácio. Com isso, iniciou-se uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi restaurada por Atena.

Menelau

Menelau, rei lendário da Lacedemónia (Esparta), é filho de Atreu e irmão mais novo de Agamémnon. O "rapto" da sua mulher (Helena) por Páris, deu origem à Guerra de Tróia.

Depois da queda de Tróia, recuperou sua esposa (que antes não valorizava) e vagueou durante oito anos pelas costas do mar Mediterrâneo até regressar para casa.

Conta Homero que Menelau não era dos melhores guerreiros, mas era muito nobre e possuía grandes riquezas. Menelau e Helena tiveram uma filha chamada Hermíone.

Jasão

Jasão entrega o tosão de ouro à Pélias.

Jasão foi um herói grego da Tessália, filho de Esão, rei do Iolco, e criado pelo centauro Quíron. Existem duas versões sobre sua mãe: ela pode ter sido Alcimede, uma neta de Mínias, ou Polimede, filha de Autólico.

Foi desalojado do trono paterno por seu tio Telias ou Pélias. Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias envia o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Tosão de ouro da distante Cólquida. Em Argos, Jasão constrói a nau Argo e reúne uma tripulação de heróis, conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.

Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelas Simplégadas (o Bósforo), os argonautas chegam à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mar Negro. O rei Eetes da Cólquida exige que Jasão cumpra várias tarefas para obter o Tosão, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brota dos dentes semeados e, por fim, passar pelo dragão que guarda o próprio Tosão. Com o Tosão nas mãos, Jasão foge com Medeia, filha de Eetes, e enfrenta várias aventuras na volta para casa. Medeia trama a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.

Depois, retirou-se para Corinto e repudiou Medeia para desposar Creúsa, filha de Creonte. Medeia, por vingança, matou Creúsa e os próprios filhos que tivera de Jasão. Muitos anos depois, Jasão é morto por um pedaço de madeira da nau Argo.

Aliados de Jasão

Deuses Presentes

Monstros